. alguma poesia...
nesta ressaca pela pseudo-democracia imbutida nas eleições, nada melhor que um belo domingo ao lado de amigos queridos (Gegê, Tere, Marga e o eterno Joãozinho, amigo de todas as vidas e todas as horas)... e muita poesia!
O Olhar
Ele era um andarilho.
Ele tinha um olhar cheio de sol
de águas
de árvores
de aves.
Ao passar pela aldeia
Ele sempre me pareceu a liberdade em trapos.
O silêncio honrava sua vida.
(com este poema, Manoel de Barros nos remeteu a Benjamin Boff, amigo querido presente em pensamento)
Relógio
As coisas são
As coisas vêm
As coisas vão
As coisas
Vão e vêm
Não em vão
As horas
Vão e vêm
Não em vão.
(Oswald de Andrade)
Se cada dia cai
Se cada dia cai
dentro de cada noite,
há um poço
onde a claridade está presa.
Há que sentar-se na beira
do poço da sombra
e pescar luz caída
com paciência.
(Pablo Neruda)
Exausto
Eu quero uma licença para dormir,
perdão para descansar horas a fio,
sem ao menos sonhar
a leve palha de um pequeno sonho.
Quero o que antes da vida
foi o sono profundo das espécies,
a graça de um estado.
Semente.
Muito mais que raízes.
(Adélia Prado)
O Olhar
Ele era um andarilho.
Ele tinha um olhar cheio de sol
de águas
de árvores
de aves.
Ao passar pela aldeia
Ele sempre me pareceu a liberdade em trapos.
O silêncio honrava sua vida.
(com este poema, Manoel de Barros nos remeteu a Benjamin Boff, amigo querido presente em pensamento)
Relógio
As coisas são
As coisas vêm
As coisas vão
As coisas
Vão e vêm
Não em vão
As horas
Vão e vêm
Não em vão.
(Oswald de Andrade)
Se cada dia cai
Se cada dia cai
dentro de cada noite,
há um poço
onde a claridade está presa.
Há que sentar-se na beira
do poço da sombra
e pescar luz caída
com paciência.
(Pablo Neruda)
Exausto
Eu quero uma licença para dormir,
perdão para descansar horas a fio,
sem ao menos sonhar
a leve palha de um pequeno sonho.
Quero o que antes da vida
foi o sono profundo das espécies,
a graça de um estado.
Semente.
Muito mais que raízes.
(Adélia Prado)
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