8.4.09

. Con...Fabulando .

Arrumando livros na estante, me deparei com alguns artigos escritos entre 93 e 94 publicados na Folha do Sul, por um adolescente que mostrava toda sua irreverência e também sua ternura: meu filho João.

Con...Fabulando:

"Por isso a minha história, aconteça o que acontecer, só deve valer para quem sabe que toda verdade é sempre um padaço de uma outra coisa e que o vôo mais urgente é revolucionar os jardins." (Jorge Miguel Marinho. In - Aviso às borboletas)

Você já reparou na diferença que há entre o vôo dos aviões, que não têm coração ou alegria, e o das borboletas? As borboletas vêm não sei de onde, ficam um pouco, nos presenteiam com sua beleza e vão (quem sabe onde?).

Sua nobre missão, além de trazer cores ímpares e simbolizar liberdade, ninguém sabe. Precisará mais do que isso?

E se cada um de nós expressasse um sentimento ímpar de justiça e amor e simbolizasse liberdade, já não estaríamos num estágio adiantado de existência? Acredito que sim.

Se ao invés de aprender técnicas americanas ou européias ou japonesas, de fabricar armas e governar para os poderosos, aprendêssemos a política das borboletas, das coisas simples, como a sua existência de uma única estação ou como suas anteninhas balançando, provavelmente muitos de nós não morreriam ou sofreriam opressões.

Nos preocupamos com os costumes e modelos estrangeiros de outros continentes, e não nos preocupamos com nossas crianças. Parecemos aviões, sempre objetivos, sem tempo livre.

Aquele que entre vocês tiver vocação para borboleta que o seja, se não pela beleza das cores, pelo gosto da liberdade.
JOHN-TEX


P.S.
Como são lindas as manhãs de abril!
Céu muito azul, nuvens muito brancas, o sol dourado bem clarinho e aquela brisa!